segunda-feira, março 26, 2007

Teatro no ISCTE


O Grupo de Teatro do ISCTE - mISCuTEm - apresenta:

"O MORTO É SÓ UM PRETEXTO"
- os bivalves andam aos pares e os tremoços são singulares.

Mergulhamos no mundo do Arnaldo e abrem-se pequenas histórias do quotidiano banal de personagens irregulares. Ela, vive enfiada em aquários a contar histórias alucinantes a peixinhos suicidas.. que se suicidam, portanto. Ele, tem uma obsessão patética por papéis mal agrafados. Caminhos que se cruzam num espaço físico intemporal... uma noite num bar... uma tarde num velório.
- Nunca digas nunca, Catarina!
- Entre as pernas!
Este é apenas um pretexto que irá unir, no futuro, o presente com o passado.

Em cena todas as 6ªF e Sábados às 21h30 e Domingos às 19h
de 30 de Março a 22 de Abril - na Aula Magna do ISCTE.

terça-feira, janeiro 16, 2007

�chuá!

- Ah, ah! Brutal!, Olha lá! Estão a pedir actores aqui para Óbidos.

- Tira o número para sabermos o que é.

trim trim

- Sim, casting. Quando? Amanhã não dá, pois, domingo também não. Segunda pode ser. Cá? Pinhal. Ok!

E isto foi na sexta e na segunda estava outra vez em Óbidos para fazar o casting e voltei para lisboa e na 4ª soube que tinha sido aceite e na 5ª à noite depois do meu mestrado, que já falarei dele, fomos para o Vau!
A sorte é que já tinhamos as malas feitas!


E zip!
Tudo começou!

- Sim mestre. ouço e obedeço!
- A gorda da Cláudia Isabel
- A festa é aqui!
- Graaaaandeeeeeeeeeee. piquininoooooo!!!!!
- Peco peco! Peco peco!
- eu sou uma ursa timida!
- Are you talking to me?
- Eu dou as duas primeiras
- Eu! Eu! Eu ofereço-me!
- Não falo... tou rouca!
- direita, esquerda. amanha dou-te o desenho. Ou queres antes as fotos?
- Perna para cima, perna para baixo!
- Se faltarem não mandem mensagens sem se identificarem. Turno, cor e tudo!


Há tantas mais .... :(
Mas não me lembro.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Não queria começar assim, depois de ter acabado.
Teria tido mais lógica cada dia escrever a contar o que se passou, mas não deu. A animação era tanta que só conseguia ver os emails e mesmo assim... A festa foi mesmo ali!
L� NOS MUDAMOS OS QUATRO
para a comunidade do VAU!!!!!!!! Grande pequena terra.

A princípio eramos só os quatro, eu, Joana, Marta e Henrique, por um dia, se calhar nem tanto. Começamos logo a angariar pessoas. A menina Brasil foi a nossa primeira aquisição.
Obrigada! as tuas boleias foram fulcrais, mas a tua presença foi mais, ah, e a da Pink! arranjei uma afilhada, hi hihi.
E o que dizer nesta primeira parte.
Sim, porque não vou escrever tudo hoje, aí é que era a depressão total.
Da nossa estadia no Vau posso recordar os chás nocturnos, os jogos de party que mesmo com os amuos da Martinha foram lindos.
Os banhos interrompidos com a falta de gás na botija.
Os ataques ao único homem da casa, sofreste Kique!
E para mim, conviver ou melhor viver com a minha menina Amora...
Isto foi a parte calma.
Depois começou a formação e mais membros para a Comunidade e festas, e amigos, e zips e zaps. Mas essa parte não conto agora.
Quero por uns momentos recordar a calma de acordar no Vau e poder tomar o pequeno almoço no jardim, ter uma vista desafogada à minha frente e não prédios.
De acordar e já a casa estar animada, não que estivesse alguém acordado, mas a própria casa sorria enquanto deixava entrar a luz do sol ou a chuva.
E não aguento...
O vestir o Kique de de gaja.
Sofre actor profissional, homem, com asma e cabelos encaracolados.

segunda-feira, novembro 27, 2006

É natal! É natal!

Para quem m não sabe por onde eu ando...

Aqui fica uma dica.

http://www.obidosvilanatal.pt/

Agora apareçam para ver-me a faezr figuras na rua e ainda ser paga!

segunda-feira, outubro 23, 2006

qualquer título é bem vindo

Dançar até os músculos darem de si...
Até ao cansaço...
Até sentir dor física e aí ter uma razão palpável para chorar.

Ao choro que calamos!
À dor que escondemos!
Aos sonhos que sonhamos!
À vida que vivemos!
Aos amores que que não temos!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Rodopios


Um dia acordei e senti que dançava no mundo.
A música tocava, suave e inspiradora.
As árvores acompanhavam-me, dançavam ao vento...

À medida que a musica se ia tornando mais trepediante, mais possessos eram os meus movimentos.
Agressivos e dilacerantes.

A dor nos pés não era nada, comparando à liberdade que sentia. O meu corpo voava... Fazia esculturas no ar.

E dancei até o vento não acompanhar mais as árvores, que foram parando pouco pouco, extasiadas de cansaço.
Dancei até as pontas me ferirem os dedos, mas feliz por ouvir o seu bater. Tão profundo, tão poderoso...

E fui dançando no mundo, pelo mundo...
Uma dança sem fim, uma dança sem pricncípio...
Uma dança minha e só minha.
Um solo ao luar!
Um tango, uma valsa ou uma mazurka.
Dancei todas.

Cabelos soltos e corpo descoberto,
A alma leve e um sorriso na face.

Oh doce rodopiar...

sexta-feira, outubro 06, 2006

O meu poema favorito...

Poeta Castrado, Não!

Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegada poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

De fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia !

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado, não!

Ary dos Santos